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.:: 4 Prémios Jovens Músicos, 4 violoncelos PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Sábado, 15 de Julho de 2017 // 18:00 h

Quatro Violoncelistas Prémio Jovens Músicos Quatro Prémios Jovens Músicos, quatro violoncelos históricos. Marco André Fernandes Pereira (violoncelo Galrão, 1769), Fernando Costa (violoncelo Galrão, 1781), Teresa Valente Pereira (violoncelo Lockey Hill, 1800) e Gonçalo Lélis (violoncelo Dinis, 1797) são os rostos do próximo concerto do ciclo ‘Um Músico, Um Mecenas’ subordinado ao tema “Sons da História”. Obras de Fitzenhagen, Wagner, Schumann, Albeniz e Penella, entre outros. A entrada é livre.

 

SOBRE OS INSTRUMENTOS HISTÓRICOS DO MUSEU NACIONAL DA MÚSICA 

 

O violoncelo inglês Lockey Hill (c. 1800, inv. n.º MM 39) pertenceu à violoncelista Guilhermina Suggia (1885-1950), que o herdou do pai, Augusto Jorge Suggia, violoncelista no Real Teatro de São Carlos. No seu testamento, Guilhermina lega o instrumento ao Conservatório Nacional como homenagem ao progenitor, que foi aluno dessa instituição. A coleção de instrumentos do Conservatório Nacional foi posteriormente integrada no Museu Nacional da Música.

 

Os violoncelos de fatura portuguesa do acervo do Museu Nacional da Música
Por DIANA VINAGRE
Violoncelista e investigadora

 

(...) A primeira referência ao nome de Joaquim José Galrão é feita por Ernesto Vieira no seu “Dicionário dos Músicos Portugueses” (Lisboa, 1900). Vieira dá-o como sendo um construtor muito hábil, activo em Lisboa no final do séc. XVIII, início do séc. XIX mas, apesar dos seus instrumentos serem muito procurados e com considerável valor comercial, refere que não conseguiu reunir informação biográfica e que a única informação que pode dar é a contida nas etiquetas dos instrumentos e a que é do conhecimento tradicional, que ainda estaria vivo em 1825. Sabemos agora que este dado é muito provavelmente errado, porque ainda que a data da morte de Galrão não seja certa, ele já estaria morto antes do fim do séc. XVIII. (...)

 

O Museu Nacional da Música possui na sua colecção dois violoncelos de Galrão: MM 40 - 1769 MM46 - 1781. Conhece-se mais um violoncelo que pertence à coleção da Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, datado de 1788. Os dois violoncelos do Museu sofreram as mesmas alterações que a vasta maioria dos instrumentos deste período, adaptando-os ao estado final e ctual do instrumento. O ângulo do braço foi aumentado através da inserção de um bloco de madeira na junção do braço com o topo do corpo frontal do instrumento. Esta alteração visava atingir uma maior tensão nas cordas do violoncelo e um subsequente aumento do volume sonoro. Outra alteração é a redução do diâmetro do braço do violoncelo, que permite uma maior agilidade na mão esquerda. Estas alterações visavam facilitar a abordagem à crescente exigência técnica que o repertório instrumental sofreu durante o séc. XIX. No violoncelo de 1781, podemos ver inclusivamente a etiqueta do restauro, feito em 1920 por J. M. Silva. O intervalo de 12 anos entre a construção dos dois instrumentos fazem-nos supor que evolução do trabalho de Galrão seguiu a tendência geral que se sentia no resto da Europa, a redução das dimensões do instrumento, o que facilitava, uma vez mais, a velocidade de execução essencial face ao crescente virtuosismo instrumental que se desenvolve exponencialmente durante o século XIX. Não é possível distinguir um estilo específico que nos leve a associar estes instrumentos a uma das escolas de construção europeias, mas há um detalhe comum a estes instrumentos que é pouco habitual: o ângulo formado na reentrância da voluta, na cabeça, é muito pequeno, ao contrário do que acontecia habitualmente.

 

O outro violoncelo de construção nacional é de Felix António Diniz, e fornece-nos dados biográficos importantes de Joaquim José Galrão. Podemos ler na etiqueta “Felis Antonio Dinis fes em Caza da Viuva de Galram Anno 1797”. Ficamos a saber, através desta etiqueta, que Galrão já tinha morrido em 1797 e que muito provavelmente Diniz terá sido seu discípulo. Inclusivamente encontramos muitas semelhanças entre este violoncelo e o Galrão da coleção do Conservatório Nacional, que podem evidenciar um tipo de prática habitual, a da construção conjunta dentro da mesma oficina, isto é, o mesmo instrumento ser alvo do trabalho de mais do que uma pessoa.

 

 

SOBRE OS MÚSICOS-MECENAS

 

MARCO ANDRÉ FERNANDES PEREIRA é violoncelo solo / chefe de naipe na Orquestra Gulbenkian. Estudou na Academia Nacional Superior de Orquestra com Paulo Gaio Lima, onde finalizou com 20 valores, e posteriormente em Madrid, na Escuela Superior de Musica Reina Sofia, com Natalia Shakovskaya. Durante este percurso teve a oportunidade de trabalhar com os maiores mestres do violoncelo, como por exemplo, Natalia Gutman, Gary Hoffman, Phillipe Muller, Ivan Moneghetti, entre muitos outros.

É o membro fundador do quarteto de cordas de Matosinhos. Este quarteto foi nomeado “Rising Stars” na temporada 2015/2016 da ECHO, onde teve oportunidade de fazer uma série de concertos pelas principais salas da Europa tais como Barbican (Londres), Concertgebouwn (Amsterdão), Musikverein (Viena).

 

A título individual, Marco Pereira fez inúmeros concertos a solo, recitais e concursos que impulsionaram a sua carreira, conquistando um lugar de prestígio no meio musical português e internacional. Dos concursos pode destacar-se o concurso JMP onde foi vencedor de Música de Câmara em 1999 e Violoncelo – nível superior, em 2003, ano em que conquistou também o “prémio Maestro Silva Pereira”. A nível internacional destaca-se o 1.º prémio no "Liezen International Wettbewerb für Violoncelo" na Austria, na categoria "III Konzert". Venceu também o 1.º premio no "VI Certamen de Musica de Camara del Sardinero" em Santander, em 2006. Foi também laureado no Concurso de Interpretação do Estoril, Júlio Cardona, entre outros. Apresentou-se a solo com a Orquestra Gulbenkian, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Joensuu Orchestra (Finlândia), Orquestra do Atlantic Music Festival (E.U.A.), entre outras.

 

Gravou para a etiqueta Sony, a sonata de Beethoven n.º 5 em Ré Maior, op. 102 para violoncelo e piano com o pianista Miguel Angel Ortega. Foi professor de violoncelo na Universidade de Aveiro e Universidade do Minho. É professor na ANSO, “D’Addario Bowed Artist”, e “faculty artist” do Atlantic Music Festival – Watterville (E.U.A.), desde 2011.

 

FERNANDO COSTA tem-se afirmado nos últimos anos como “um valor seguro da nova geração de intérpretes em Portugal” (Casa da Música, Porto), somando alguns prémios de prestígio à sua carreira. As suas performances são marcadas por uma forte presença em palco, combinando um estilo dinâmico e impulsivo com a sua expressividade e sensibilidade musicais.

 

Violoncelista português, nascido em 1991, iniciou os seus estudos de violoncelo com Valter Mateus. Em 2013 terminou a sua Licenciatura com classificação máxima, na Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo no Porto, na classe de violoncelo de Jed Barahal e, em 2015, conclui o Mestrado em Performance Musical, sob a orientação do prestigiado violoncelista António Meneses, na Hochschule der Künste Bern, na Suiça.

 

Foi laureado em variados concursos, entre os quais se destaca a obtenção do 1.º Prémio "Prémio Jovens Músicos 2011", Violoncelo, Nível Superior; 1.º Prémio "Concurso Internacional de Santa Cecília" (2011); 1.º Prémio "Prémio Helena Sá e Costa, 2012"; 1.º Prémio em ConCursos 2012 (música de câmara), 2.º Prémio "Prémio Jovens Músicos" 2012 e 2013, Música de Câmara, Nível Superior. Fernando, apresenta-se tanto a solo como em música de câmara, tendo, atualmente, uma regular atividade musical em Portugal e no estrangeiro. De recentes projetos, destacam-se as tours pelo Canadá e África do Sul e a participação em Festivais como em Portugal, Espanha, França, Holanda e Itália. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 2013 e 2015 e é, atualmente, representado pela KNS Artists, tendo sido publicado recentemente o seu CD de estreia “Après un rêve”, para a KNS Classical.

 

TERESA VALENTE PEREIRA, violoncelista, nasce em Lisboa. Inicia o estudo do violoncelo com Alberto Campos e Maria José Falcão, termina com distinção a licenciatura em Instrumentista de Orquestra na classe de Paulo Gaio Lima. Apoiada por instituições como a Fundação Gulbenkian, Carolina e o DAAD, prossegue o seu aperfeiçoamento na “Escuela Superior de Música Reina Sofia” com Natalia Shakovskaya, recebendo o diploma de aluna destacada em violoncelo e música de câmara (classe de Rainer Schmidt). Termina a sua formação na Folkwang Hochschule com Christoph Richter. Outros músicos como Walter Levin, Ferenc Rados, Xavier Gagnepain, Emmanuel Hieaux exerceram uma grande influência na sua personalidade artística. Recebeu vários prémios e distinções, entre outros, no Concurso Internacional do Estoril e Concurso Internacional “Júlio Cardona”, Prémio Jovens Músicos, Prémio Revelação Ribeiro da Fonte do Ministério da Cultura e Prémio da Crítica e “Palau de la Musica”. Como solista, são de destacar as interpretações junto às orquestras Gulbenkian, Metropolitana e Orquesta da ESM Reina Sofia, entre outras, apresentando-se em algumas das mais importantes salas e festivais também como integrante de grupos de música de câmara, como o Quarteto Albeniz ou o Quarteto Valente. Com Bruno Belthoise realizou a primeira gravação mundial da Sonata de Armando José Fernandes. Grava regularmente para a RDP-Antena 2 e RNE Clasica. É solista de violoncelos da Orquestra Sinfónica de Bilbao desenvolvendo paralelamente uma intensa atividade artística com o Trio Pangea do qual é membro fundador.

 

GONÇALO LÉLIS nasceu em 1995 em Aveiro, iniciando os seus estudos musicais no Conservatório de Música desta mesma cidade na classe de violoncelo da Professora Isabel Boiça. Paralelamente, em 2009 começou a ser orientado por Pavel Gomziakov. Em 2013 é admitido na prestigiada Escuela Superior de Musica Reina Sofia em Madrid, onde estudou com os professores Natalia Shakhovskaya e Ivan Monighetti até 2016.

 

Frequentou masterclasses com músicos como Natalia Gutman, Heinrich Schiff, Truls Mork, Gary Hoffman, Lluis Claret, Maria de Macedo, Ralph Gothoni, Valentin Erben, Wolfgang Emanuel Schmidt, entre outros.

 

Em orquestra tocou sob a batuta de maestros como Andras Schiff, Peter Eotvos, Stefan Lano Jesus Lopez-Cobos ou Josep Pons. É membro do Trio Ramales, apresentando-se regularmente em concertos por toda a Espanha.

 

Em 2015 obteve o primeiro prémio no concurso Prémio Jovens Músicos na categoria violoncelo nível superior, assim como o Prémio União Europeia dos Concursos Musicais para Jovens (EMCY) e em 2016 o primeiro prémio no Concurso Vasco Barbosa.

 

 

 

SOBRE O CICLO “UM MÚSICO, UM MECENAS”

 

“Um Músico, Um Mecenas” é um ciclo de concertos de entrada livre organizado pelo Museu Nacional da Música e que tem como objetivo divulgar o importante acervo do Museu, dando voz a tesouros nacionais e instrumentos de valor histórico único da sua coleção, considerada uma das mais ricas da Europa.

 

Os concertos deste ciclo são autênticas viagens a este espólio, conduzidas por grandes intérpretes nacionais e internacionais, que dão a conhecer os instrumentos através de concertos comentados e de uma contextualização histórica estendida, muitas vezes, ao repertório escolhido.

 

A interpretação, a necessária manutenção dos instrumentos musicais e a comunicação da história de cada um deles são fatores intimamente ligados e que resultam numa ação concertada entre o Museu Nacional da Música e os Mecenas do ciclo (músicos, construtores / restauradores e outros parceiros).

 


«UM MÚSICO, UM MECENAS 2017»

 

13 de Maio
Guitarra portuguesa de Kim Grácio (c. 1959)
António Chainho
por António Chainho

 

18 de Maio
Violoncelo Stradivarius Chevillard - Rei de Portugal (1725) e piano Bechstein (1925)
Maria José Falcão e Anne Kaasa
Boccherini, Chopin e Franck

 

10 de Junho
Tiorba Matheus Buchenberg (1608)
Helena Raposo e Orlanda Velez (soprano)
Dowland, Purcell, Caccini e Monteverdi

 

15 de Julho
Violoncelos Galrão (séc. XVIII), Violoncelo Lockey Hill (séc. XIX) e Violoncelo Dinis (séc. XVIII)
Prémio Jovens Músicos: Marco Pereira, Fernando Costa, Teresa Valente Pereira, Gonçalo Lélis
Sons com história

 

9 de Setembro
Cravo Antunes (1758)
Tony Millán (Espanha)
Música ibérica para cravo do século XVIII

 

1 de Outubro
Violoncelo Stradivarius Chevillard - Rei de Portugal (1725) e piano Bechstein (1922)
Filipe Quaresma e António Rosado
Franck e Bach

 

4 de Novembro
Piano Bechstein (1925), Violino Galrão e Violoncelo Lockey Hill (séc. XIX)
Duarte Pereira Martins, Daniel Bolito, Nuno Cardoso
Haydn e Schubert

 

22 de Novembro
Cravo Antunes (1789)
José Carlos Araújo
Música portuguesa do séc. XVIII

 

2 de Dezembro
Violoncelo Galrão do Rei D. Luís (1769), Pianoforte Van Casteel (1763)
Diana Vinagre e Miguel Jalôto
Tormentos, congojas y tristezas