logo
Português (pt-PT)English (United Kingdom)
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
MUSEU
COLEÇÕES
EXPOSIÇÕES
SERVIÇOS E ACTIVIDADES
LOJA
NOVIDADES
INFORMAÇÕES

Autenticação

Redes Sociais

FacebookGoogle Arts & Culture

Instagram-Icon  LinkedIn

TikTok36400472-1674478764678-3957845c031cb

.:: 'Um Músico, Um Mecenas' | Marco Mencoboni PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Sábado, 8 de Dezembro de 2018 // 18:00 h
30-11-2018

Cravo Taskin, Inv. MM 1096 No último concerto da edição 2018 do ciclo "Um Músico, Um Mecenas", o Museu Nacional da Música recebe o cravista italiano Marco Mencoboni, que interpreta compositores como Couperin, Anglebert ou Scarlatti no cravo Taskin de 1782, tesouro nacional das coleções do Museu. Parceria: Embaixada Italiana e Istituto Italiano di Cultura Lisbona. A entrada é livre.

 

SOBRE O CRAVO TASKIN

 

Cravo de 1782 do construtor belga Pascal-Joseph Taskin (1723-1793), radicado em Paris, que trabalhou na oficina da família Blanchet, celebrizada por ilustres mestres construtores.

 

Pascal-Joseph Taskin fez parte da Corporação de Construtores e trabalhava para a Casa Real e para o Rei Luís XVI de França. Em 1780, na sua oficina, construíam-se cravos e pianofortes e, apesar da ligação à corte, continuou próspero e imune à Revolução Francesa, até à data da sua morte em 1793.

 

Com a Revolução Francesa foram destruídos muitos bens patrimoniais, entre os quais cravos que pertenciam a membros da nobreza. Aliado a este factor, o aparecimento do piano contribuiu igualmente para o desaparecimento gradual deste tipo de instrumento. Assim, os cravos de Pascal-Joseph Taskin ficaram reduzidos a apenas 8 exemplares, que estão espalhados por várias partes do mundo, em museus e colecções particulares.

 

O instrumento do Museu Nacional da Música tem elevado valor histórico, estético, técnico e material, por ter sido um exemplar construído a pedido do rei francês para o oferecer à sua irmã Marie Clotilde. Concebido de forma luxuosa, é considerado um dos melhores exemplos do trabalho requintado deste grande construtor.

 

Constituem elementos estéticos importantes a caixa com chinoiserie relevada e policromada de muito boa qualidade.

 

A rosácea de Andreas Ruckers, o tampo harmónico decorado com motivos florais e datado de 1636 e a inscrição “Andre Rukuers Anee 1636” no frontal, remetem partes do instrumento para uma autoria anterior, procedimento habitual na oficina de Pascal Taskin, dado que Andreas Ruckers havia sido um dos maiores construtores de cravos do séc. XVII.

 

O Cravo Taskin esteve sempre ligado a figuras relevantes da aristocracia europeia: o rei de França, que fez a encomenda do instrumento, Marie Clotilde, sua irmã, a quem o cravo foi oferecido, o rei Umberto II de Itália, obsequiado pela cidade de Turim com este instrumento musical no seu casamento e, finalmente, a Marquesa de Cadaval, que o recebeu do Rei Umberto II.

 

Os vínculos institucionais reforçam também a sua importância: a Corte Francesa, a Corte da Sardenha (por casamento de Marie Clotilde com o príncipe Carlos Emanuel IV, futuro rei da Sardenha), o Museo Civico di Arte Antica da cidade de Turim (antes de ser seu proprietário Umberto II), a Casa de Sabóia, e o Estado Português, que o adquiriu e classificou como Tesouro Nacional.

 

O processo de restauro deste instrumento foi complexo e minucioso, ao longo do qual se desenvolveu um saudável e constante diálogo com o museu e em que estiveram envolvidas equipas multidisciplinares: o restaurador Ulrich Weymar foi o autor da intervenção na mecânica do cravo; técnicos de várias áreas do Laboratório José de Figueiredo consolidaram a caixa, e finalmente o restaurador Geert Karman fez a harmonização e um novo jogo de saltarelos. Simultaneamente, foram ouvidos vários investigadores e conhecedores da história do cravo, assim como o cravista José Carlos Araújo. Muitas outras pessoas ajudaram também o museu neste processo. A todos o nosso agradecimento.

 

A recuperação do cravo Taskin é, sem dúvida, uma notícia muito esperada e importante para o património organológico português e mundial.

 

 

PROGRAMA

 

FRANÇOIS COUPERIN (1668 - 1733)
- Premier Prélude
(De: L’art de toucher le Clavecin, 1716)

 

JEAN-HENRY D’ANGLEBERT (1629 - 1691)
- Tombeau de Mr. de Chambonnieres
(De: Piéces de Clavessin, 1689)

 

LOUIS COUPERIN (c. 1626 - 1661)
- Prélude
- Allemande l’Amiable
- Courante la Mignonne
- Sarabande
- La Piemontoise
(De: Manuscrit Bauyn, c. 1660. Bibliothèque Nationale de France)

 

ANTOINE FORQUERAY (1671 - 1745)
- La Marella
- La Clément
- La D’Aubonne
(De: Pieces de Viole composées par Mr Forqueray le Pere Mises en Pieces de Clavecin, 1747)

 

JEAN-FRANÇOIS DANDRIEU (1682 - 1738)
- La Gemissante
(De: Pieces de Clavecin Première Livre, 1724)

 

DOMENICO SCARLATTI (1685 - 1757)
- Sonata in Fa maggiore K6
(De: Essercizi per Gravicembalo, 1713)

 

JOSEPH-NICOLAS-PANCRACE ROYER (ca. 1705 - 1755)
- L’ Amiable
- Le Vertigo
- La Marche des Schytes
(De: Pieces de Clavecin, 1746)

 

CLAUDE-BÉNIGNE BALBASTRE (1724 - 1799)
- La Boullogne
- La Lugeac
(De: Pieces de Clavecin, 1759)

 


SOBRE O CICLO “UM MÚSICO, UM MECENAS”

 

“Um Músico, Um Mecenas” é um ciclo de concertos com instrumentos históricos organizado pelo Museu Nacional da Música e que vai já na sua sexta temporada.

 

Este ciclo procura divulgar um dos mais importantes acervos instrumentais da Europa, com a ajuda de músicos de exceção que atuam pro bono e dão voz a tesouros nacionais e peças de valor histórico único.

 

Os concertos, de entrada livre, são autênticas viagens à coleção do Museu Nacional da Música, conduzidas por grandes intérpretes nacionais e internacionais, dando a conhecer os instrumentos através de concertos comentados e de uma contextualização histórica estendida, muitas vezes, ao repertório escolhido.

 

A interpretação, a necessária manutenção dos instrumentos musicais e a comunicação da história de cada um deles são fatores intimamente ligados e que resultam numa ação concertada entre o Museu e os mecenas do ciclo (músicos, construtores/restauradores e outros parceiros).

 


«UM MÚSICO, UM MECENAS 2018»

 

- 18 de Maio -
Violoncelo Stradivarius Chevillard - Rei de Portugal (1725) e piano Bechstein (1925)
Varoujan Bartikian e Lucjan Luc
Sonatas de Brahms (mi menor, N.º 1) e Britten

 

- 7 de Julho -
Viola de Arco Francesco Emiliani (1748) e Piano Bechstein de Luís de Freitas Branco (1922)
Roxanne Dykstra e Akari Komiya
J.S. Bach, Franz Xaver Wolfgang Mozart, Louis Théodore Gouvy, F.R.C. Clarke

 

- 4 de Agosto -
Tiorba Matheus Buechenberg (1608)
Vinicius Perez
La Tiorba de Buechenberg

 

- 15 Setembro -
Dois cravos portugueses (Joaquim José Antunes de 1758 e João Baptista Antunes de 1789) - Estreia do cravo Antunes de 1789
José Carlos Araújo e Miguel Jalôto
A Due Cembali - Os Irmãos Antunes

 

- 1 de Outubro -
Violoncelo Stradivarius Chevillard - Rei de Portugal (1725)
Pavel Gomziakov e guitarrista Ricardo Barceló
Canções Populares Espanholas

 

- 27 de Outubro -
Cravo Taskin (1782)
Kenneth Weiss
Repertório francês para cravo

 

- 22 de Novembro -
Cravo de João Baptista Antunes de 1789
Cremilde Rosado Fernandes
Dia de Santa Cecília
Sousa Carvalho, Marcos Portugal, Francisco Xavier Baptista, Frei Manuel de Santo Elias, João Cordeiro da Silva

 

- 8 de Dezembro -

Cravo Taskin (1782)
Marco Mencoboni
Couperin, Anglebert, Dandrieu, Scarlatti