logo
Português (pt-PT)English (United Kingdom)
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
MUSEUM
COLLECTIONS
EXHIBITIONS
SERVICES AND ACTIVITIES
SHOP
WHAT’S NEW?
INFORMATION

Autenticação

Redes Sociais

FacebookGoogle Arts & Culture

Instagram-Icon  LinkedIn

TikTok36400472-1674478764678-3957845c031cb

.:: “Um Músico, Um Mecenas” 2019 | 5.º Concerto PDF Print E-mail
Dia Mundial da Música, Terça-feira, 1 de Outubro de 2019 // 18:00 h

Ketil Haugsand no Cravo Taskin do MNM A celebração do Dia Mundial da Música faz-se com um concerto do cravista norueguês, Ketil Haugsand, no cravo Taskin de 1782, concerto integrado no ciclo "Um Músico, Um Mecenas". Classificado como Tesouro Nacional, este cravo integra a coleção do Museu Nacional da Música, tendo sido recentemente restaurado, num processo que seria devidamente reconhecido, ao vencer um prémio APOM 2019 na categoria Conservação e Restauro. A entrada é livre.

 

SOBRE O CRAVO TASKIN

 

Cravo de 1782 do construtor belga Pascal-Joseph Taskin (1723-1793), radicado em Paris, que trabalhou na oficina da família Blanchet, celebrizada por ilustres mestres construtores.

 

Pascal-Joseph Taskin fez parte da Corporação de Construtores e trabalhava para a Casa Real e para o Rei Luís XVI de França. Em 1780, na sua oficina, construíam-se cravos e pianofortes e, apesar da ligação à corte, continuou próspero e imune à Revolução Francesa, até à data da sua morte em 1793.

 

Com a Revolução Francesa foram destruídos muitos bens patrimoniais, entre os quais cravos que pertenciam a membros da nobreza. Aliado a este factor, o aparecimento do piano contribuiu igualmente para o desaparecimento gradual deste tipo de instrumento. Assim, os cravos de Pascal-Joseph Taskin ficaram reduzidos a apenas 8 exemplares, que estão espalhados por várias partes do mundo, em museus e coleções particulares.

 

O instrumento do Museu Nacional da Música tem elevado valor histórico, estético, técnico e material, por ter sido um exemplar construído a pedido do rei francês para o oferecer à sua irmã Marie Clotilde. Concebido de forma luxuosa, é considerado um dos melhores exemplos do trabalho requintado deste grande construtor.

 

Constituem elementos estéticos importantes a caixa com chinoiserie relevada e policromada de muito boa qualidade.

 

A rosácea de Andreas Ruckers, o tampo harmónico decorado com motivos florais e datado de 1636 e a inscrição “Andre Rukuers Anee 1636” no frontal, remetem partes do instrumento para uma autoria anterior, procedimento habitual na oficina de Pascal Taskin, dado que Andreas Ruckers havia sido um dos maiores construtores de cravos do séc. XVII.

 

O Cravo Taskin esteve sempre ligado a figuras relevantes da aristocracia europeia: o rei de França, que fez a encomenda do instrumento, Marie Clotilde, sua irmã, a quem o cravo foi oferecido, o rei Umberto II de Itália, obsequiado pela cidade de Turim com este instrumento musical no seu casamento e, finalmente, a Marquesa de Cadaval, que o recebeu do Rei Umberto II.

 

Os vínculos institucionais reforçam também a sua importância: a Corte Francesa, a Corte da Sardenha (por casamento de Marie Clotilde com o príncipe Carlos Emanuel IV, futuro rei da Sardenha), o Museo Civico di Arte Antica da cidade de Turim (antes de ser seu proprietário Umberto II), a Casa de Sabóia, e o Estado Português, que o adquiriu e classificou como Tesouro Nacional.

 


SOBRE O MÚSICO-MECENAS

 

KETIL HAUGSAND, professor emérito de cravo na Hochschule für Musik em Colônia, é uma das importantes personalidades da música antiga de hoje, estando presente em vários festivais e concertos de prestígio na maioria dos países europeus, EUA, Israel e Extremo Oriente. Atua como recitalista, em música de câmara, como solista ou maestro do cravo. Colabora com a Orquestra Barroca da Noruega, a Orquestra de Rádio Norueguesa, a Orquestra Sinfónica de Stavanger, a Orquestra Barroca de Lyra, o Conjunto Arte Real e o Komischer Oper Berlin. Parceiros importantes da música de câmara foram, por exemplo, Laurence Dreyfus, Wieland Kuijken, Richard Gwilt e Peter Holtslag.

 

As suas gravações em CD com obras de Jean-Baptiste Antoine Forqueray, Jean-Philippe Rameau, Louis Marchand, Carlos Seixas, João Sousa Carvalho e outros, para a Simax Classics, Virgin Veritas e Linn Records ganharam aclamação internacional significativa - e as suas interpretações de JS Bach, especialmente as Variações Goldberg, foram apontados como performances de destaque, originais e marcantes.

 

O músico norueguês estudou com Gustav Leonhardt no Conservatório de Amsterdão, onde recebeu o cobiçado Prix d'Excellence em 1975. Mais tarde, foi premiado em competições internacionais de cravo em Paris e Brûges e ocupou o cargo de professor de cravo e música de câmara da Academia de Música, em Oslo, entre 1974 e 1995.

 

Como professor, ofereceu regularmente cursos de verão, nomeadamente em Portugal e, presentemente, na Noruega e Itália. É frequentemente convidado como membro de júri em competições internacionais de cravo.

 


KETIL HAUGSAND, professor emeritus of harpsichord at the Hochschule für Musik in Cologne, counts as one of the important harpsichordists and Early Music personalities of today – appearing in several prestigious festivals and concert series in most European countries, U.S.A., Israel and in the Far East, both as recitalist, in chamber music, soloist, or conductor from the harpsichord, with the Norwegian Baroque Orchestra, the Norwegian Radio Orchestra, the Stavanger Symphony Orchestra, Lyra Baroque Orchestra, the Arte Real Ensemble and at the Komischer Oper Berlin. Important chamber music partners have been i.e., Laurence Dreyfus, Wieland Kuijken, Richard Gwilt, Peter Holtslag and several others.

 

His recordings on CD with works by Jean-Baptiste Antoine Forqueray, Jean-Philippe Rameau, Louis Marchand, Carlos Seixas, João Sousa Carvalho and others, for Simax Classics, Virgin Veritas and Linn Records have won significant international acclaim - and his interpretations of the Clavierübungen by J.S. Bach, especially the Goldberg Variations, have been singled out as highly original and outstanding landmark performances. Released on Simax Classics in 2013 were the six English Suites by Bach and in 2014, also the complete recording of Jean-Philippe Rameau’s Pieces de Clavecin.

 

The Norwegian born musician studied with Gustav Leonhardt at the Amsterdam Conservatory, where he was awarded the coveted Prix d’Excellence in 1975. Later he was laureate at international harpsichord competitions in Paris and Brûges and held position as harpsichord and chamber music professor at the Norwegian State Academy of Music, in Oslo, between 1974 and 1995.

 

Prof. Haugsand is a highly demanded harpsichord teacher, one of the most experienced in the academic field, gives regularly summer courses in Norway and Italy - and is frequently invited as jury member at international harpsichord competitions.

 

Many in Portugal will also remember Haugsands teaching and performing in the summer courses in Casa de Mateus, Tomar, Lisbon and Porto in the years between 1981 and 2010.

 


PROGRAMA

 

LOUIS MARCHAND (1669-1732) - Suite ré mineur – du 1ére livre (1702)
- Prèlude
- Allemande
- 1ére Courante
- 2e Courante
- Sarabande
- Gigue
- Chaconne

 

JEAN-PHILIPPE RAMEAU (1683-1764) - Pieces de Clavecin
- La Joyeuse
- L’Entretien des Muses
- Les Tourbillons
- Les Triolets
- La Dauphine

 

– Pausa –

 

ANTOINE FORQUERAY (1671-1745) - Pieces de Viole mises en Pieces de Clavecin
- La Bouron, Vivement & détaché
- Sarabande, La D'aubonne
- La Leclair, tres Vivement & détaché

 

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750) - Sonate G-Dur – Gustav Leonhardt, transcription
Adagio (BWV 968)
Fuga (BWV 1005)
Largo
Allegro Assai

 

 

SOBRE O CICLO “UM MÚSICO, UM MECENAS”

 

“Um Músico, Um Mecenas” é um ciclo de concertos com instrumentos históricos organizado pelo Museu Nacional da Música e que vai já na sua sétima temporada.

 

Este ciclo procura divulgar um dos mais importantes acervos instrumentais da Europa, com a ajuda de músicos de exceção que atuam pro bono e dão voz a tesouros nacionais e peças de valor histórico único.

 

Os concertos, de entrada livre, são autênticas viagens à coleção do Museu Nacional da Música, conduzidas por grandes intérpretes nacionais e internacionais, dando a conhecer os instrumentos através de concertos comentados e de uma contextualização histórica estendida, muitas vezes, ao repertório escolhido.

 

A interpretação, a necessária manutenção dos instrumentos musicais e a comunicação da história de cada um deles são fatores intimamente ligados e que resultam numa ação concertada entre o Museu e os mecenas do ciclo (músicos, construtores/restauradores e outros parceiros).