.:: É oficial: dois novos Tesouros Nacionais | |||
Por unanimidade da Secção de Museus, da Conservação e Restauro e do Património Imaterial (SMUCRI) do Conselho Nacional de Cultura, o Pianoforte de Henri-Joseph van Casteel e o Cravo de João Batista Antunes, instrumentos da coleção do Museu Nacional da Música, passam a estar classificados como bens de interesse nacional (BIN), com a designação de «tesouro nacional».
Com estas duas novas classificações, a coleção do Museu Nacional da Música passa a ter um total de 13 tesouros nacionais.
Este instrumento é um dos raríssimos pianofortes originais construídos em Portugal e que chegaram até nós, sendo, por conseguinte, uma das peças mais relevantes do acervo do Museu Nacional da Música. Van Casteel foi um construtor de origem belga que exerceu o seu ofício em Portugal entre cerca de 1757 e 1769. Tanto quanto se sabe este pianoforte é, atualmente, o único conhecido em todo o mundo da sua autoria. Além deste instrumento, conhece-se apenas um outro da sua autoria, no caso um piano em forma de pirâmide do final do século XVIII, e que integra a coleção do Musée des Instruments de Musique, em Bruxelas.
De acordo com uma investigação recente conduzida por Ana Paula Tudela, este cravo foi construído por João Baptista Antunes (1737-1822), pai de outro construtor com o mesmo nome. Este cravo é um de quatro instrumentos conhecidos da família Antunes que chegaram aos nossos dias e o segundo na coleção do Museu, juntamente com o cravo de 1758.
Este cravo reflete o facto de ter sido construído numa altura de maior presença do pianoforte, daí que, relativamente ao cravo de 1758, possua uma maior extensão e um teclado maior, possibilitando, portanto, a apresentação de outro tipo de repertório.
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