logo
Português (pt-PT)English (United Kingdom)
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
  • An Image Slideshow
MUSEU
COLEÇÕES
EXPOSIÇÕES
SERVIÇOS E ACTIVIDADES
LOJA
NOVIDADES
INFORMAÇÕES

Autenticação

Redes Sociais

FacebookGoogle Arts & Culture

Instagram-Icon  LinkedIn

TikTok36400472-1674478764678-3957845c031cb

:: INICIO NOVIDADES
.:: Um Músico, Um Mecenas | Aapo Häkkinen PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Segunda-feira, 13 de Setembro de 2021 // 18:00 h

Aapo Häkkinen O ciclo “Um Músico, Um Mecenas” está de regresso com um recital de Aapo Häkkinen no cravo Taskin de 1782 pertencente à coleção do Museu Nacional da Música. A entrada é livre, mediante reserva prévia.

 

A lotação da sala será restringida às primeiras 50 pessoas que fizerem a sua reserva por email ( Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar ) ou telefone (217710990, das 11:00 h às 17:00 h). Apenas as reservas efetuadas através destes dois contactos serão consideradas válidas.

 

O uso de máscara é obrigatório e estarão garantidas todas as normas de distanciamento social e higienização do espaço definidas pela DGS e em vigor à data do evento.

 


SOBRE O CRAVO TASKIN (1782)

 

O cravo Taskin data de 1782 e foi construído pelo belga Pascal-Joseph Taskin (1723-1793) radicado em Paris, que trabalhou na oficina da família Blanchet, celebrizada por ilustres mestres construtores. Pascal-Joseph Taskin fez parte da Corporação de Construtores e trabalhava para a Casa Real e para o Rei Luís XVI de França. Em 1780, na sua oficina, construíam-se cravos e pianofortes e, apesar da ligação à corte, continuou próspero e imune à Revolução Francesa, até à data da sua morte em 1793.

 

Com a Revolução Francesa foram destruídos muitos bens patrimoniais, entre os quais cravos que pertenciam a membros da nobreza. Aliado a este fator, o aparecimento do piano contribuiu também para o desaparecimento gradual deste tipo de instrumento. Assim, a coleção de cravos de Pascal-Joseph Taskin ficou reduzida a 8 exemplares que estão espalhados por várias partes do mundo, em museus e coleções particulares.

 

O instrumento musical do Museu Nacional da Música tem elevado valor histórico, estético, técnico e material, por ter sido um exemplar construído a pedido do rei francês para o oferecer à sua irmã Marie Clotilde. Concebido de forma luxuosa, é considerado um dos melhores exemplos do trabalho requintado deste grande construtor.

 

É decorado com chinoiserie relevada e policromada de muito boa qualidade. A rosácea de Andreas Ruckers, o tampo harmónico decorado com motivos florais e datado de 1636 e a inscrição «Andre Rukuers Anee 1636» no frontal, remetem partes do instrumento para uma autoria anterior. Designado por ravalement, o reaproveitamento de partes de instrumentos mais antigos de mestres famosos era um procedimento habitual na oficina de Pascal Taskin. Segundo testes dendrocronológicos, cujos resultados foram conhecidos em fevereiro de 2019, a parte da madeira com inscrições Ruckers data de facto do séc. XVII (1625). No entanto, a confirmação da assinatura «Ruckers» requer peritagem, a ser levada a cabo num futuro breve.

 

O Cravo Taskin esteve sempre ligado a figuras relevantes da aristocracia europeia: o rei de França, que fez a encomenda do instrumento, Marie Clotilde, sua irmã, a quem o cravo foi oferecido, o rei Umberto II de Itália, obsequiado pela cidade de Turim com este instrumento musical no seu casamento e, finalmente, a Marquesa de Cadaval, que o recebeu do Rei Umberto II. Os vínculos institucionais reforçam também a sua importância: a Corte Francesa, a Corte da Sardenha (por casamento de Marie Clotilde com o príncipe Carlos Emanuel IV, futuro rei da Sardenha), o Museo Civico di Arte Antica da cidade de Turim (antes de ser seu proprietário Umberto II), a Casa de Sabóia, e o Estado Português, que o adquiriu e classificou como Tesouro Nacional.

 

O processo de restauro deste instrumento foi complexo e minucioso, ao longo do qual se desenvolveu um saudável e constante diálogo entre o museu e vários especialistas: o restaurador Ulrich Weymar foi o autor da intervenção na mecânica do cravo, técnicos de madeira e pintura de empresa de restauro e do Laboratório José de Figueiredo consolidaram a caixa e recuperaram a decoração, e finalmente o restaurador Geert Karman fez a harmonização e um novo jogo de saltarelos. Simultaneamente foram ouvidos investigadores e conhecedores da história do cravo, assim como cravistas. A recuperação do cravo Taskin foi, sem dúvida, uma notícia muito esperada e importante para o património organológico português e mundial. Como reconhecimento por este trabalho multidisciplinar, o Museu Nacional da Música ganhou o Prémio APOM2019 na Categoria Conservação e Restauro.

 


SOBRE O MÚSICO-MECENAS

 

AAPO HÄKKINEN iniciou a sua educação musical como corista na Catedral de Helsínquia. Começou a tocar cravo aos treze anos, tendo sido aluno de Elina Mustonen e Olli Porthan (órgão) na Academia Sibelius. De 1995 a 1998, estudou com Bob van Asperen no Conservatório Sweelinck de Amsterdão e, de 1996 a 2000, com Pierre Hantaï em Paris, onde foi também orientado e encorajado por Gustav Leonhardt. Após obter o diploma, em 1998, ganhou o segundo prêmio e o prêmio VRT na competição de cravo de Bruges. Recebeu também o prémio especial do Norddeutscher Rundfunk Musikpreis 1997 pelas suas interpretações de repertório italiano.

 

Aapo Häkkinen apresentou-se como solista e maestro na maioria dos países europeus e também em Israel, Japão, China, Coreia, Vietname, EUA, Brasil e México. Gravou para as gravadoras Aeolus, Alba, Avie, Cantus, Deux-Elles, Naxos e Ondine. É frequentemente convidado para a rádio e televisão e tem o seu próprio programa na Classic FM na Finlândia. Além do cravo, Aapo Häkkinen toca regularmente órgão, clavicórdio e pianoforte. Leciona na Sibelius Academy e em masterclasses internacionais. É Diretor Artístico da Orquestra Barroca de Helsínquia desde 2003.

 

 

 

PROGRAMA

 

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750)
- Praeludium und Fuge Es-Dur, BWV 852
- Praeludium und Fuge es-Moll, BWV 853

 

CARL PHILIPP EMANUEL BACH (1714-1788) - Rondo c-Moll, Wq 59/2 (1785)

 

JOSEPH HAYDN (1732-1809) - Sonate g-Moll, Hob. XVI:44 (?1772)
- Moderato – Allegretto

 

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750)
- Praeludium und Fuge d-Moll, BWV 851
- Praeludium und Fuge f-Moll, BWV 857

 

JOHANN WILHELM HÄSSLER (1747-1822) - Fantasie c-Moll, 1776

 

JOHANN FRIEDRICH REICHARDT (1752-1814) - Rondo nach einem Gedicht des Petrarca (1782)

 

JOHANN GOTTFRIED WILHELM PALSCHAU (1741-1815) - Sonate F-Dur, c.1775
- Adagio – Allegro assai – Affettuoso – Presto

 

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750)
- Praeludium und Fuge a-Moll, BWV 865
- Praeludium und Fuge fis-Moll, BWV 859

 

JOHANN WILHELM HÄSSLER (1747-1822) - Sonate a-Moll, 1776
- Poco allegro – Largo – Presto

 


SOBRE O CICLO “UM MÚSICO, UM MECENAS”

 

“Um Músico, Um Mecenas” é um ciclo de concertos com instrumentos históricos organizado pelo Museu Nacional da Música.

 

Este ciclo procura divulgar um dos mais importantes acervos instrumentais da Europa, com a ajuda de músicos de exceção que atuam pro bono e dão voz a tesouros nacionais e peças de valor histórico único.

 

Os concertos, de entrada livre, são autênticas viagens à coleção do Museu Nacional da Música, conduzidas por grandes intérpretes nacionais e internacionais, dando a conhecer os instrumentos através de concertos comentados e de uma contextualização histórica estendida, muitas vezes, ao repertório escolhido.

 

A interpretação, a necessária manutenção dos instrumentos musicais e a comunicação da história de cada um deles são fatores intimamente ligados e que resultam numa ação concertada entre o Museu e os mecenas do ciclo (músicos, construtores/restauradores e outros parceiros).