.:: Pedro de Freitas Branco (1896-1963) | |||
125 anos do nascimento |
Figura ímpar da música portuguesa, nasceu a 31 de outubro de 1896. Irmão do compositor Luís de Freitas Branco, com quem estudou Harmonia e Contraponto. Ao mesmo tempo que estudava Engenharia, aperfeiçoou-se no violino com Andrés Goñis e Francisco Benetó, revelando uma extraordinária sensibilidade musical.
A partir de 1924 dedicou-se em exclusivo à Música e em 1928 criou a Companhia Portuguesa de Ópera Lírica, com sede no Teatro de S. João do Porto.
Em 1934 é convidado a formar e assumir a direção artística da Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional. Para assumir o cargo, deixou Paris, para onde tinha ido a convite de Maurice Ravel, para dirigir no seu festival a Orquestra dos Concertos Lamoureux.
No arquivo documental do MNM, encontramos diversas publicações e apontamentos relativos aos concertos e orquestras que dirigiu.
Destacamos o artigo de Leo Hohmann, sobre o Encontro com a Nova Música Portuguesa, em que Pedro de Freitas Branco aparece junto da pianista Nella Maissa (ver foto), ou os diversos cartazes com programas de concertos sob a sua direção, com solistas como o pianista e compositor Viana da Mota, a violinista Leonor Alves de Sousa, o tenor Tito Schipa, o pianista Artur Rubinstein ou a sua esposa, a pianista Marie Antoinette Levêque de Freitas Branco. Na coleção fonográfica do Museu, destacamos as suas gravações históricas dirigindo a Orquestra Sinfónica de Londres, tendo como solista a violoncelista Guilhermina Suggia.
Até 1961 dirigiu a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional, à frente da qual estreou muitas obras de compositores do séc. XX. Dos discos que gravou recebeu por duas vezes o Grand Prix du Disque da Academia Charles Cros: em 1954, com obras de Maurice Ravel e em 1962 com obras de Manuel de Falla.
Faleceu em 24 de Março de 1963 na rua da Fábrica das Sedas, onde vivia. Em 1968 a Câmara Municipal de Lisboa atribuiu o seu nome a essa mesma rua.
O Museu Nacional da Música situa-se na rua João de Freitas Branco (musicólogo, sobrinho de Pedro de Freitas Branco) e na exposição permanente do Museu Nacional da Música podemos apreciar o Piano Bechstein de seu irmão Luís de Freitas Branco (compositor).
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