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.:: 'Um Músico, um Mecenas' - 6.º Concerto PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Sábado, 14 de Dezembro de 2013 // 18:00 h
Pormenor de um Violoncelo Galrão (Museu da Música, Inv. MM 46) Para o sexto e último concerto do ciclo "Um Músico, um Mecenas" estarão em destaque um violino e um violoncelo, dois soberbos instrumentos do séc. XVIII, da autoria do luthier português Joaquim José Galrão. Raquel Cravino (violino) e Nuno Cardoso (violoncelo), acompanhados de José Carlos Araújo no Cravo Antunes serão os músicos-mecenas e interpretarão música de Carlos Seixas. A entrada é Livre.

Na ocasião será ainda lançado o CD "Carlos Seixas, Sonatas (V)" da colecção melographia portugueza MPMP, gravado no contexto deste ciclo e que celebra os 250 anos do pianoforte de Henrique van Casteel. Novo ciclo regressará em 2014.

Com a ajuda de vários músicos, o Ciclo Instrumentos Históricos da colecção do Museu da Música I "Um Músico, um Mecenas", deu voz a tesouros nacionais e instrumentos de valor histórico único, como o violoncelo Stradivarius que pertenceu ao rei D. Luís, o cravo construído por Joaquim José Antunes em 1758 e, após um restauro por muitos aguardado há longos anos, o pianoforte único de Henrique van Casteel (Lisboa, 1763).

Com recitais a solo e de música de câmara, este ciclo teve como objetivo a divulgação dos tesouros do Museu da Música, bem como o repertório de compositores portugueses. José Carlos Araújo, Joana Bagulho, Nuno Cardoso, Duarte Pereira Martins, Jenny Silvestre ou Levon Mouradian foram alguns dos músicos que colaboraram com o Museu.

Os instrumentos Galrão em destaque no concerto pertenceram ao Rei D. Luís e faziam parte da Colecção da Casa Real Portuguesa, Palácio Nacional da Ajuda. São eles um violino de 1780 (n.º Inv. MM 75) e um violoncelo de 1769 (n.º inv. MM 40).


JOAQUIM JOSÉ GALRÃO: o luthier obscuro

Joaquim José Galrão foi um fabricante muito hábil de instrumentos de cordas que teve a sua oficina em Lisboa durante o séc. XVIII. Destaca-se de outros construtores pelo requinte dos instrumentos que produziu, mas sobre a sua vida não sabemos praticamente nada.

Segundo o luthier Christian Bayon, profundo conhecedor da coleção do Museu da Música, Galrão foi, sem sombra de dúvidas, o melhor construtor português de violinos e violoncelos do séc. XVIII. A sua arte revela que não era autodidata, mas não existe nenhuma pista sobre o país onde terá aprendido. No entanto, tanto o estilo de construção como a presença, à altura, de músicos italianos na Capela Real, sugerem Itália como uma boa hipótese.

Christian Bayon procurou, ao longo dos anos, localizar outros instrumentos do mesmo construtor, para tentar desvendar este mistério, e examinou ao todo dez exemplares: os cinco da coleção do Museu da Música (dois violinos, dois violoncelos e uma viola), um violoncelo que se encontra no Conservatório de Lisboa, um violino do Conservatório do Porto e mais três exemplares de particulares, um deles localizado em Espanha.

O violino MM 74 da coleção do Museu da Música é o instrumento mais recente que se conhece deste construtor (data de 1794). Bayon descobriu também um documento de 1797 onde é mencionado o construtor Diniz (aluno de Galrão), como o representante da oficina estabelecida em casa da "viúva Galrão". O violoncelo do Conservatório de Lisboa é em tudo semelhante ao violoncelo Diniz da coleção do Museu da Música, o que prova a aprendizagem de Diniz com este mestre. Galrão terá então falecido entre 1794 e 1797.

No Diccionario Biographico de Musicos Portuguezes de Ernesto Vieira (edição de 1900), podemos ler: "Apezar de serem estimadíssimos e cotados por elevado preço os raros instrumentos de Galrão que teem apparecido, viveu elle bem obscuramente, pois que ainda não pude obter a seu respeito a mais insignificante noticia biographica. Apenas poderei, por agora, reproduzir o que se sabe pelos disticos dos instrumentos, nos quaes se lê a data em que os construiu (...) No museu de el-rei o senhor D. Carlos, creado por seu fallecido pae, guardam-se com grande estimação dois violinos, uma viola e um violoncello d'este fabricante, que tem a seguinte etiqueta: Joachim Joseph Galram, fecit Olesiponae 1769".