Investigação, Conservação e Restauro | |||
 Investigar as colecções, conservá-las e proceder ao seu restauro, quando necessário, são tarefas indispensáveis num museu. O Museu Nacional da Música possui um espaço próprio onde estes trabalhos são desenvolvidos. Alguns colaboradores estudam e restauram os instrumentos, sempre com o objectivo de os conservar nas melhores condições e, de futuro, expô-los ao público.
Os instrumentos musicais encontram-se na intercepção da arte destinada a ser vista e da que é destinada a ser ouvida. Inerente a esta dupla função está um passado de história e tecnologia que os transforma em documentos muito valiosos e cuja manutenção implica muito cuidado. O trabalho de oficina é decidido conforme as necessidades da colecção e dos instrumentos individualmente e em conjunto. São várias as intervenções a que um instrumento pode ser sujeito: uma limpeza que visa evitar degradações posteriores causadas por impurezas acumuladas na superfÃcie ou provenientes da alteração dos materiais constituintes, como a degradação do metal, por exemplo; uma intervenção mÃnima que estabilizará processos de alteração; sem ser embelezado, pode ser recuperada toda a sua parte estética, com o propósito de ser fotografado e exposto. Pode também ser feito um restauro estrutural cuja finalidade será devolver ao instrumento a capacidade de produzir som com a harmonia e organização que a música implica. É durante este processo que se encontram anotações, pequenas marcas ou assinaturas escondidas, invisÃveis antes de uma intervenção directa sobre o objecto. Toda a informação recolhida é devidamente documentada e arquivada no ficheiro do instrumento para uso posterior de investigadores ou como suporte para novas intervenções. Tal como noutras áreas, cada instrumento é visto como um caso único. Os princÃpios básicos são iguais aos que regem todos os técnicos de conservação e restauro, ou seja, todos os actos devem ser ponderados de modo a saber-se que informação se pode obter e qual fica comprometida. Â
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