.:: Conferência “Alfredo Keil: Memórias Felizes” | |||
Terça-Feira, 9 de Junho de 2015 // 18:30 h |
Integrando a programação alusiva à exposição “Memórias Felizes”, o Museu da Música acolhe uma conferência-recital em torno da obra musical de Alfredo Keil, contando para o efeito com os préstimos de dois estudiosos do Arquivo Keil à guarda do Museu.
Rui Magno Pinto, investigador do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), e João Paulo Santos, pianista e maestro, serão os conferencistas. Contando com a colaboração das cantoras Ana Franco e Sónia Alcobaça, João Paulo Santos ilustrará a sua conferência sobre a obra vocal de Alfredo Keil com alguns apontamentos musicais ao piano. A entrada é livre.
Sendo mais popularmente reconhecido como autor do hino nacional, Alfredo Keil é uma figura transversal e multifacetada da cultura portuguesa que desenvolveu com grande relevo trabalho como pintor romântico, fotógrafo, poeta, compositor ou colecionador, deixando para a posteridade um património de grande relevo. Com esta conferência, pretende-se aprofundar aspetos do trabalho musical desta personalidade.
JOÃO PAULO SANTOS nasceu em Lisboa, tendo concluído o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional desta cidade na classe de Adriano Jordão. Trabalhou ainda com Helena Costa, Joana Silva, Constança Capdeville, Lola Aragón e Elizabeth Grümmer. Na qualidade de bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, aperfeiçoou-se em Paris (1979-84). Depois de ter ocupado o cargo de Maestro Assistente do Coro do Teatro Nacional de São Carlos (1984) foi nomeado Maestro Titular (1990-2004). Atualmente é Diretor de Estudos Musicais e Diretor Musical de Cena do mesmo Teatro.
Desde 1990, desenvolve também intensa atividade como chefe de orquestra, tendo-se estreado com a ópera “The Bear”, de William Walton, encenada por Luís Miguel Cintra, para a RTP. Seguiram-se “Let’s Make an Opera” (Britten); “Help, Help, the Globolinks!” (Menotti), na Culturgest; “Sweeney Todd” (Sondheim), no Teatro Nacional D. Maria II; “Albert Herrin” (Britten), “Neues vom Tage” (Hindemith) e “Le Vin herbé” (Martin), no Teatro Aberto (2001). Tem sido convidado a dirigir estreias absolutas de obras dos compositores António Chagas Rosa, António Pinho Vargas e Eurico Carrapatoso. No São Carlos dirigiu “Renard” e “Les Noces” (Stravinsky), “The English Cat” (Henze), “Orphée aux enfers” (Offenbach), “O Nariz” (Chostakovitch) e, em co-produção com a Culturgest, “Hanjo” (Hosokawa) e “Pollicino” (Henze) em estreia em Portugal.
Na qualidade de pianista, apresenta-se a solo, em grupos de câmara, acompanhando cantores e em duo com a violoncelista Irene Lima desde 1985. Do seu repertório destaca-se a interpretação da integral das Sonatas para piano e outros instrumentos de Hindemith. Gravou vários discos, um dos quais com obras de Erik Satie e Luís de Freitas Branco (EMI Classics). Foi galardoado com o Prémio «Acarte 2000» pela direcção musical de “The English Cat”.
Patente até 1 de Agosto de 2015, a exposição dá sequência a um apoio concedido à Associação dos Amigos do Museu da Música (AAMM) pela Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito da edição de 2014 do “Concurso de Recuperação, Tratamento e Organização de Acervos Documentais”.
|