.:: 'Um Músico, Um Mecenas 2016' - 3.º Concerto | |||
Sábado, 25 de Junho de 2016 // 18:00 h |
Os concertos de 2016 do ciclo “Um Músico, Um Mecenas” prosseguem sob o mote “Música sem Fronteiras”, pela mão de Sofia Diniz e Flávia Castro que interpretarão, respetivamente, a Viola da Gamba Rombouts e o Cravo Antunes, instrumentos históricos da coleção do Museu Nacional da Música. A entrada é livre.
A Viola da Gamba é da autoria do prestigiado construtor Pieter Rombouts (1677-1749), discípulo de Hendrick Jacobs. Datado da primeira metade do século XVIII e construído em Amesterdão, este instrumento musical irá, juntamente com o cravo Antunes, tocar repertório que abarca os séculos XVI, XVII e XVIII. Por sua vez, o Cravo Antunes, construído por Joaquim José Antunes em Lisboa, em 1758, é conhecido em todo o mundo, sendo uma das peças mais famosas da coleção do Museu. Classificado como Tesouro Nacional, este é um dos únicos testemunhos da técnica de construção portuguesa de setecentos.
PROGRAMA
Girolamo Dalla Casa († 1601) - Ancor che col partire
António Carreira (ca. 1530 - ca. 1560) - Canção a 4 glosada
B. de Selma e Salaverde (ca. 1595 - ca. 1638) - Susana Passeggiata
Tobias Hume (ca. 1569 - 1645) - Harke, Harke
Diego Ortiz (ca. 1510 - ca. 1570) - 3 Recercadas
Domenico Scarlati (1685 - 1757) - Sonata em dó menor, K52
Mr. de St. Colombe, le Fils (ca. 1640 - 1700) - Fantaisie en Rondeau
Marin Marais (1656 - 1728) - Suite em sól menor
J.S. Bach (1685 - 1750) - 2 corais
Sofia Diniz é natural de Lisboa. Tendo tido desde cedo uma formação na área da dança e da música nas escolas do Conservatório Nacional, optou pelo curso de violoncelo e em 1998 concluiu o bacharelato na Escola Superior de Música de Lisboa.
Foi nos cursos da Academia de Música Antiga de Lisboa que surgiu o seu interesse pela interpretação histórica em instrumentos originais e a motivação para especializar-se nesta área. Como bolseira do Centro Nacional de Cultura de Lisboa e mais tarde do programa NufficHuygens do estado Holandês concluiu os diplomas de Bachelor of Music com Rainer Zipperling na Musikhochschule em Colónia e de Master of Music no Departamento de Música Antiga e Práticas Históricas de Interpretação do Conservatório Real da Haia (Países Baixos) e de Bruxelas (Bélgica) com os gambistas Wieland Kuijken e Philippe Pierlot.
Em 2005 foi convidada para dar um recital como Solista Jovem Talento no Festival Bach en Valée Mosane em Liége e em 2006 no Festival Printemps Baroque em Bruxelas.
Sofia Diniz é fundadora e diretora artística do Ensemble ConTrastes, dedicado ao repertório para e com viola da gamba do período barroco, e co-fundadora dos agrupamentos Concerto Campestre (Pedro Castro) e do Consorte de violas Viols Voice. Trabalha com vários ensembles conceituados na área da música antiga, entre os quais realça a colaboração com os ensembles The Spirit of Gambo (Freek Bortslap), Il Fondamento (Paul Dombrecht), Ricercar Consort (Philippe Pierlot), Collegium Vocale Gent (Philippe Herreweghe), Hisperion XXI (Jordi Savall), Ludovice Ensemble (Fernando Miguel Jalôto), Sete Lágrimas (Filipe Faria e Sérgio Peixoto) ou Concerto Köln entre outros.
Sofia Diniz toca em orquestra ou como solista nos mais variados festivais Europeus, tais como o Festival de Música de Mafra, o Bach Festival en Vallée Mosane (Belgica), Folles Journée (França) ou Holland Festival Oude Musik Utrecht e em gravações tais como nos álbuns Terra, Vento, Pedra e outros para a editora MU com o agrupamento Sete Lágrimas, Organa Vocis, numa produção da DRAC com órgãos históricos da ilha da Madeira com o organista António Esteireiro, Fantazias de Purcell e a Cantata BWV 198 para a editora MIRARE com Ricercar Consort, Missa Salisburgensis de Biber para AliaVox com Hisperion XXI sob direcção de Jordi Savall, Schwanengesang de Schütz para Harmonia Mundi com Collegium Vocale Gent e Concerto Palatino sob direcção de Philippe Herreweghe, e gravação integral ao vivo para o canal ARTE da Ópera Dido e Aeneas de H. Purcell com Ricercar Consort e Collegium Vocale Gent sob direcção de Philippe Pierlot.
Flávia Almeida Castro nasceu em Lisboa em 1978. Diplomou-se em cravo na Escola Superior de Artes de Utrecht, Holanda, sob a orientação do professor Siebe Henstra e na Escola Superior de Música de Lisboa sob a orientação da professora Cremilde Rosado Fernandes. Foi bolseira do Centro Nacional de Cultura. Estudou órgão na Escola de Música do Conservatório Nacional com Rui Paiva e concluiu a licenciatura, no mesmo instrumento, na classe do professor João Vaz.
Trabalhou com a Capela Real, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Algarve, Orquestra Nacional do Tejo, Orquestra Divino Sospiro, Orquestra Barroca da Casa da Música e com o FIMEnsemble, onde teve oportunidade de trabalhar sob a direção de Gilles Apap, François Leleux, Wieland Kuijken, Jean-Marc Burfin, Álvaro Caçuto, Terry Fischer, Pedro Neves, entre outros.
É membro fundador do agrupamento Concerto Campestre com quem realiza concertos regularmente e com quem gravou, para a editora Naxos em 2015, a Serenata L’Angelica de João de Sousa Carvalho. Fez parte de várias gravações de música composta para crianças de autores como Rute Prates e Sofia Sequeira.
É professora de cravo e órgão na Academia de Música de Santa Cecília, professora de cravo no Instituto Gregoriano de Lisboa e cravista acompanhadora na Escola de Música do Conservatório Nacional. Atualmente frequenta o mestrado em órgão na Escola Superior de Música de Lisboa.
"Um Músico, Um Mecenas” é um ciclo de concertos de entrada livre organizado pelo Museu Nacional da Música e que tem como objetivo divulgar o importante acervo do Museu, dando voz a tesouros nacionais e instrumentos de valor histórico único da sua coleção, considerada uma das mais ricas da Europa.
Os concertos deste ciclo são autênticas viagens a este espólio, conduzidas por grandes intérpretes nacionais e internacionais, que dão a conhecer os instrumentos através de concertos comentados e de uma contextualização histórica estendida, muitas vezes, ao repertório escolhido.
A interpretação, a necessária manutenção dos instrumentos musicais e a comunicação da história de cada um deles são fatores intimamente ligados e que resultam numa ação concertada entre o Museu Nacional da Música e os Mecenas do ciclo (músicos, construtores / restauradores e outros parceiros).
«UM MÚSICO, UM MECENAS 2016»
30 de Abril
25 de Junho
30 de Julho
6 de Agosto
10 de Setembro
1 Outubro
22 de Outubro
5 Novembro
19 Novembro
10 Dezembro
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