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Quinta-Feira, 15 de Setembro de 2016 // 19:00 h

Yuri Marchese O guitarrista brasileiro Yuri Marchese apresenta-se no Museu Nacional da Música com um recital de homenagem a Egberto Gismonti. Organização: Associação dos Amigos do Museu Nacional da Música. Bilhetes - Normal 5,00 / Sócio - 3,00.

 

YURI MARCHESE, nascido em Vitória (Espírito Santo, Brasil), é mestrando em Música na Universidade de Aveiro (Portugal) sob a orientação do professor Paulo Vaz de Carvalho. Formado em Música pela Universidade Estadual de Londrina (PR/BR), estudou com Inacio Rabaioli, Natanael Fonseca (UEL) e foi aluno particular de Fabio Zanon (SP). Realizou sua primeira tournée no exterior aos 22 anos e já se apresentou em importantes cidades no Brasil e na Europa como São Paulo, Curitiba, Brasília, Praga, Lisboa, Porto, entre outras.

 

É frequentemente convidado por festivais e séries internacionais de concertos. As suas participações incluem o Festival de Música de Londrina, Série Palcos Musicais, Young Prag Festival (CZ), Semana da Guitarra de Águeda, Irmão Violão e Zêzere Arts Festival (Portugal).

 

Conquistou diversos prémios com destaque para o 1.º lugar no VII concurso FITO (SP, 2012), 2.º lugar e Melhor Intérprete Capixaba no X Concurso Nacional Villa-Lobos (Vitória, 2013), 2.º lugar no I Concurso Terras de Santo Estevão (Portugal, 2015), entre outros. Entre 2010 e 2014 foi bolsista do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão.

 

É professor há mais de dez anos. Trabalhou em Portugal no Conservatório Regional de Coimbra, Conservatório de Música de Coimbra e no Conservatório David de Souza em Figueira da Foz.

 

 

- Homenagem a Egberto Gismonti -

Notas ao programa por Yuri Marchese

 

A pluralidade da carreira de Egberto Gismonti torna difícil qualquer tentativa de rotulação de sua música. Fora do Brasil às vezes consideram-no como “World Music”, “Brazilian Jazz” ou “Cross-over”, porém tais termos não se aplicam quando aprofundamos o nosso conhecimento sobre a sua música.

Do frevo à música experimental, de pequenas canções a longas obras instrumentais, a música de Egberto Gismonti carrega um caráter que o permite ser reconhecido em todo o mundo. A sua habilidade de multi-instrumentista permite-lhe tocar piano e guitarra de tal maneira que se torna possível a separação entre as figuras de pianista e de guitarrista, não por falta de qualidade de um ou do outro mas, pelo contrário, por ser único na sua forma de abordar cada um dos instrumentos.

 

Como guitarrista, a sua performance segue uma linha diferente da pianística. Se ao piano Gismonti tem uma limpeza que tem origem nos seus estudos de conservatório, na guitarra foi autodidacta, o que deu liberdade para decidir o seu próprio método e desenvolver o seu modo peculiar de tocar. A partir das gravações de Baden Powell (uma de suas principais influências e a quem dedicou a peça “Salvador”) e de transcrições de métodos de piano, Gismonti criou uma forma de tocar guitarra. Depois expandiu o instrumento ao utilizar violões de oito, dez e quatorze cordas, o que lhe proporcionou novas extensões harmônicas, com o objectivo de que a mente de pianista se encaixasse na guitarra.

 

Se Gismonti é conhecido por tocar quase exclusivamente originais, o que dizer então das peças que compôs, mas que nunca tocou? Essa é a questão principal quando se trata de ”Variations pour guitare” (1970) e “Central Guitar” (1973). Estas obras são “fechadas”, ou seja, não há abertura para a improvisação (como há em boa parte de sua música): o intérprete deve segui-las do início ao fim sem alterações na composição. Apesar de se reconhecerem as suas principais influências (como Villa-Lobos e Baden Powell) em elementos de sua performance geral, tais obras são compostas com uma linguagem experimental.

 

O programa deste recital, portanto, gira em torno do que influenciou Gismonti e o que foi influenciado por ele. De Baden Powell, duas obras do seu “catálogo” para guitarra solo: “Valsa sem nome” e “Choro para metrônomo”. Heitor Villa-Lobos é apresentado com dois dos seus doze estudos para violão (1928), série que é um divisor de águas na história do instrumento devido ao emprego de novas possibilidades de composição para a guitarra. “Aquarelle” (1988) é a primeira obra lançada por Sérgio Assad. É uma peça complexa em que o compositor explora formas da música brasileira aliadas às técnicas composicionais tradicionais. A influência de Gismonti pode ser escutada através de algumas citações e também pela utilização de algumas de suas peculiaridades técnicas. Por fim, a Sonata de Almeida Prado, que não faz relação direta com o homenageado, mas mantém a linhagem de compositores que, a partir de Villa-Lobos (e assim são Gismonti e Assad), desenvolveram uma nova concepção de escrita para o violão através da união da música popular/folclórica brasileira com as formas tradicionais da música erudita.

 


Programa

 

Baden Powell (1937-2000)
- Valsa sem nome
- Choro para metrônomo

 

Egberto Gismonti (1947)
- Variations: À la mémoire d'Anton Webern (1970)
- Central Guitar (1973)

 

Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959)
- Estudo n.º 5
- Estudo n.º 7

 

Sérgio Assad (1952) - Aquarelle (1992)
I. Divertimento
II. Valseana
III. Prelúdio e Toccatina

 

Almeida Prado (1943 - 2010) - Sonata (1980)
I. Vigoroso
II. Cantiga
III. Interlúdio
IV. Toccata Rondó


+INFO: www.yurimarqueze.wix.com/yurimarcheseguitar