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Quinta-feira, 23 de Janeiro de 2020 // 18:30 h
13 January 2020

Cláudia Pereira Pinto e João Lucena e Vale Cláudia Pereira Pinto (soprano) e João Lucena e Vale (pianista) interpretam a integral das Trovas de Francisco de Lacerda (1869-1934), uma das obras mais emblemáticas do repertório português para canto e piano. Organização: Associação dos Amigos do Museu Nacional da Música. Bilhetes - Normal 5,00 / Sócio - 3,00.

 

As Trovas de Francisco de Lacerda representam simultaneamente a herança do romantismo e a modernidade crescente, a procura da tradição popular associada erudição, baseadas em pequenas quadras ou versos de carácter popular, alguns escritos pelo próprio compositor. Raramente apresentada na sua totalidade, neste recital será interpretada a integral da obra, homenageando ainda os 150 do nascimento do autor, celebrados em 2019.

 

CLÁUDIA PEREIRA PINTO E JOÃO LUCENA E VALE encontraram-se musicalmente em 1995, na produção da ópera infantil “O Cábula” de Corrêa de Oliveira, levada a cabo pelo Círculo Portuense de Ópera. Desde então, nasceu entre os dois uma genuína cumplicidade artística e pessoal, que com os anos cresceu, amadureceu e se consolidou, através da contínua abordagem de um vasto repertório, específico para canto e piano.

 

Interessaram-se desde então por explorar repertórios de compositores específicos, dos quais se podem destacar Francis Poulenc, com a interpretação de obras como “La courte paille”, “Deux poèmes” de Louis Aragon, “Tel jour telle nuit” e “Fiançailles pour rire”; Hugo Wolf, destacando-se as “Lieder der Mignon”; Franz Schubert, Robert Schumann, Alban Berg, nomeadamente com a interpretação do ciclo “Sieben frühe Lieder” apresentados, ao longo dos anos, em inúmeros recitais, em diversas localidades do país (Porto, Lisboa, Aveiro, São João da Madeira, Óbidos, Sesimbra, Arouca, Évora, Arcos de Valdevez e Ponte de Lima).

 

Destaca-se a sistemática apresentação e divulgação da música de compositores portugueses, como Fernando Lopes Graça, Cláudio Carneyro, Ivo Cruz, Francisco de Lacerda, Vianna da Motta, Luís de Freitas Branco, Croner de Vasconcelos, dando igual importância a compositores contemporâneos, como António Pinho Vargas, Fernando Lapa, Amílcar Vasques Dias, entre outros, dos quais fizeram a estreia absoluta de várias obras.

 

Gravaram para a rádio Antena 2 e participaram em concursos, nomeadamente no Concurso de Interpretação do Estoril e no Concurso Internacional de Canto UFAM em Paris, tendo obtido em ambos o 2.º prémio. Em 2012 gravaram Canções de Évora, um CD com obras de Amílcar Vasques Dias, e a propósito dos 150 anos do nascimento de Francisco de Lacerda, decidem gravar a sua interpretação da integral das Trovas.

 


PROGRAMA

 

1 – Em cima do alto monte
2 – Desde que os cravos e rosas
3 – Inda que o lume se apague
4 – Quem tiver filhos pequenos
5 – A alegria dos meus olhos
6 – Este mundo é uma vinha
7 – Amar, mas saber amar
8 – Triste de quem tem amores
9 – Tenho tantas saudades
10 – Não morreu nem acabou
11 – Ó fonte que estás chorando
12 – Mal-me-queres, bem-me-queres
13 – Não me tragas no sentido
14 – O meu amor enjeitou-me
15 – É ter arte não falar
16 – Os meus olhos não são olhos
17 – O amor que me traz presa
18 – Os meus olhos nos teus olhos
19 – O amor é como a sombra
20 – Quero cantar, ser alegre
21– Eu sou sombra, tu és sol (I)
22 – Meu amor, quando morreres
23 – Quem me dera ser a hera
24 – Eu sou sombra, tu és sol (II)
25 – Ó minha alma tão ferida
26 – Se eu soubesse que voando
27 – Meu coração tem três portas
28 – Pelos caminhos da vida
29 – Ando triste como a noite
30 – A mulher do meu vizinho
31 – Não te rias de quem chora
32 – De tantas dores sem razão
33 – Eu queria, tu querias
34 – Quando tu abres os olhos (I)
35 – O teu andar é tão leve
36 – Quando tu abres os olhos (II)


Apoio: Horto do Campo Grande