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Abertura de procedimentos de classificação
02-09-2020

Dois novos tesouros nacionais em breve

Nos termos de anúncios publicados no Diário da República, 2.ª série, PARTE C, n.º 137 de 16 de julho de 2021 (Anúncios n.º 160/2021 e n.º 162/2021), é intenção da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) propor a Sua Excelência a Secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural a classificação como bem de interesse nacional (BIN), com a designação de «tesouro nacional», do Cravo de João Batista Antunes e do Pianoforte de Henri-Joseph van Casteel, instrumentos da coleção do Museu Nacional da Música.

 

Os dois instrumentos encontravam-se em vias de classificação como bens móveis de interesse nacional, na sequência da abertura de procedimentos de classificação publicados no Diário da República n.º 171/2020, Série II de 2020-09-02 (Anúncios n.º 199/2020 e 200/2020).

 

Os dois instrumentos, cuja proteção e valorização representam valor cultural de significado para a Nação, serão, uma vez concluído o processo, os dois novos tesouros nacionais da coleção do Museu Nacional da Música, que assim passará a ter um total de 13.

 

 

PIANOFORTE VAN CASTEEL, 1763

 

Este instrumento é um dos raríssimos pianofortes originais construídos em Portugal e que chegaram até nós, sendo, por conseguinte, uma das peças mais relevantes do acervo do Museu Nacional da Música. Van Casteel foi um construtor de origem belga que exerceu o seu ofício em Portugal entre cerca de 1757 e 1769. Tanto quanto se sabe este pianoforte é, atualmente, o único conhecido em todo o mundo da sua autoria. Além deste instrumento, conhece-se apenas um outro da sua autoria, no caso um piano em forma de pirâmide do final do século XVIII, e que integra a coleção do Musée des Instruments de Musique, em Bruxelas.

 


CRAVO JOÃO BAPTISTA ANTUNES, 1789

 

De acordo com uma investigação recente conduzida por Ana Paula Tudela, este cravo foi construído por João Baptista Antunes (1737-1822), pai de outro construtor com o mesmo nome. Este cravo é um de quatro instrumentos conhecidos da família Antunes que chegaram aos nossos dias e o segundo na coleção do Museu, juntamente com o cravo de 1758.

 

Este cravo reflete o facto de ter sido construído numa altura de maior presença do pianoforte, daí que, relativamente ao cravo de 1758, possua uma maior extensão e um teclado maior, possibilitando, portanto, a apresentação de outro tipo de repertório.