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Dois novos tesouros nacionais em brevePor unanimidade da Secção de Museus, da Conservação e Restauro e do Património Imaterial (SMUCRI) do Conselho Nacional de Cultura, o Pianoforte de Henri-Joseph van Casteel e o Cravo de João Batista Antunes, instrumentos da coleção do Museu Nacional da Música, passam a estar classificados como bens de interesse nacional (BIN), com a designação de «tesouro nacional».

 

Com estas duas novas classificações, a coleção do Museu Nacional da Música passa a ter um total de 13 tesouros nacionais.

 

 

PIANOFORTE VAN CASTEEL, 1763

 

Este instrumento é um dos raríssimos pianofortes originais construídos em Portugal e que chegaram até nós, sendo, por conseguinte, uma das peças mais relevantes do acervo do Museu Nacional da Música. Van Casteel foi um construtor de origem belga que exerceu o seu ofício em Portugal entre cerca de 1757 e 1769. Tanto quanto se sabe este pianoforte é, atualmente, o único conhecido em todo o mundo da sua autoria. Além deste instrumento, conhece-se apenas um outro da sua autoria, no caso um piano em forma de pirâmide do final do século XVIII, e que integra a coleção do Musée des Instruments de Musique, em Bruxelas.

 


CRAVO JOÃO BAPTISTA ANTUNES, 1789

 

De acordo com uma investigação recente conduzida por Ana Paula Tudela, este cravo foi construído por João Baptista Antunes (1737-1822), pai de outro construtor com o mesmo nome. Este cravo é um de quatro instrumentos conhecidos da família Antunes que chegaram aos nossos dias e o segundo na coleção do Museu, juntamente com o cravo de 1758.

 

Este cravo reflete o facto de ter sido construído numa altura de maior presença do pianoforte, daí que, relativamente ao cravo de 1758, possua uma maior extensão e um teclado maior, possibilitando, portanto, a apresentação de outro tipo de repertório.