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.:: Solistas da Metropolitana - Choros e Sonatas Versão para impressão
Sexta-Feira, 29 de Abril de 2022 // 18:00 h

Darius Milhaud Recital de Solistas da Metropolitana. Nuno Inácio (flauta), Jorge Camacho (clarinete), Ágnes Sárosi (violino), Nonna Manicheva (violino) e Francisco Sassetti (piano) interpretam Choros e Sonatas de Milhaud e Villa-Lobos. A entrada é livre mediante reserva prévia.

 

PROGRAMA - CHOROS E SONATAS

 

Darius Milhaud nasceu em 1892, em Marselha. Estudou em Paris e viveu no Rio de Janeiro durante quase dois anos, entre fevereiro de 1917 e novembro de 1918. Conheceu nessa altura Heitor Villa-Lobos, nascido em 1887 na cidade carioca. Este, por seu turno, passou duas temporadas em Paris, em 1923-1924 e 1927-1930.

 

Adivinha-se, portanto, a existência de afinidades entre os dois músicos, para lá de pertencerem à mesma geração. Sobretudo na década de 1920, houve entre eles uma aproximação estética, quando conviveram nos mesmos círculos da vanguarda parisiense. Têm como traços comuns uma escrita de pendor neoclássico e a apetência para incorporarem nas suas composições influências da música popular.

 

É disso bom exemplo a sequência de Choros em que Villa-Lobos se propôs encarnar a alma brasileira por intermédio da evocação da arte dos músicos de tradição popular. Choros N.º 2, peça para flauta e clarinete, foi estreada em Paris em 1925 e está dedicada a Mário de Andrade, um dos fundadores do modernismo no Brasil. Choros N.º 5, para piano, foi composta no mesmo ano e consegue retratar admiravelmente a cordialidade e espírito festivo que se conhece do povo brasileiro.

 

Já a Sonatina para Flauta e Clarinete de Milhaud, de 1922, espelha melhor o que é o neoclassicismo em música, com referências explícitas à música do século XVIII e a sonoridades que nos lembram Debussy.

 

A Sonata para Dois Violinos e Piano é anterior, de 1914, e foi uma das suas primeiras criações, ainda enquanto estudante no Conservatório de Paris. Tem a particularidade de atravessar humores muito contrastantes. Por fim, a Suíte para Clarinete, Violino e Piano, excertos da música que compôs em 1936 para a representação d’O viajante sem bagagem de Jean Anouilh, uma peça teatral que conta a história de um veterano da Primeira Guerra Mundial que sofre de amnésia.

 

- DARIUS MILHAUD (1892-1974) - Sonatina para Flauta e Piano
- HEITOR VILLA-LOBOS (1887-1959) - Choros N.º 2 para flauta e clarinete
- DARIUS MILHAUD (1892-1974) - Sonata para Dois Violinos e Piano
- HEITOR VILLA-LOBOS (1887-1959) - Choros N.º 5 para piano, Alma Brasileira
- DARIUS MILHAUD (1892-1974) - Suíte para Clarinete, Violino e Piano